segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Um monstro habita em mim.
Hoje eu não tenho sede e nem sonhos.
O amor se foi junto com o ultimo suspiro.
Vejo mãos tremulas de vida louca.
Não espero a alvorada, só a angustia e esta também já me deixou.
Quem é esse que escreve sem objetivos, os dedos não sabem o que apertar.
Seria alguém completamente desprovido de todas as características humanas.
Vazio e oco, prestes a ser cheio por qualquer coisa.
Um filme qualquer, uma piada de mau gosto.
Ou qualquer barulho que não me deixe sozinho.
Estou fora de mim, mas sinto tudo e tudo que não é bom.
Quero buscar um fim, mas não sei onde ele está.
Talvez saiba, mas não tenho coragem.
Existem horas que a mais bela canção é insossa.
O sol é só gás, o quadro é apenas um objeto.
Criança é só um adulto que vai crescer
E por fim escrever algo parecido com isso.
E se for assim não valerá apena.
Talvez seja melhor voar pela janela, do que um dia fazer outro voar.
As lágrimas são para fingir e buscar piedade
O sorriso para celebrar o crime perfeito.
A lealdade a mim mesmo, o amor a nada e o prazer a qualquer preço...
Humanos!?
Jessé
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